Educação ambiental, cinema e biopoder: uma discussão possível

Autor: Marisa de Mello Luvielmo (Currículo Lattes)

Resumo

A presente dissertação parte da possibilidade de uma discussão entre os campos de saberes atrelados à educação ambiental e ao cinema. A partir dessa possibilidade o objetivo é analisar discursos produzidos através do corpus discursivo – o filme de animação Wall. E que se refere a crise ambiental que vive-se na contemporaneidade. Na pesquisa toma-se como principal referencial teórico os estudos do filósofo francês Michel Foucault, principalmente no que ele intitula por Biopoder. A pesquisa procura evidenciar o cinema como mídia que interpela os sujeitos através de seus discursos. A educação ambiental é percebida nesta investigação a partir de dois olhares: o primeiro que a percebe com um dispositivo de seguridade que tem por finalidade regular e conduzir a conduta dos sujeitos; e um segundo que faz referência aos estudos das três ecologias de Felix Guattari. Na dissertação, a educação ambiental passa a ser considerada como prática que caracteriza o que Guattari denomina como “ecosofia”. Uma ecosofia, como prática ético-política e estética, que condiz com a maneira de viver no planeta sob as mudanças desse tempo contemporâneo. Para tanto, como forma de entender a contemporaneidade busca-se respaldo teórico em algumas problematizações referenciadas pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Trata-se de conceitos muito evidentes na animação, principalmente condizentes ao lixo, consumo e descartabilidade. O estudo discute a crise ambiental vivida por cada um de nós, entendo o cinema como potente ferramenta para pensar o mundo atual.

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Palavras-chave: Educação ambientalCinemaBiopoderFoucault, Michel, 1926-1984EducaçãoSustentabilidadeAnimação