Tese - Eliane Lima Piske

Educação ambiental das infâncias: conversa(ação) sistêmica com os tutores de desenvolvimento humano

Autor: Eliane Lima Piske (Currículo Lattes)

Resumo

A presente pesquisa se constituiu pelo processo de tecer a proposta de investigação na linha de Ensino e Formação de Educadores Ambientais na Perspectiva Sistêmica de Educação Ambiental. O estudo fez a aproximação de duas bases teóricas: a Biologia do Conhecer, de Humberto Maturana e Francisco Varela, com a Bioecologia do Desenvolvimento Humano, de Urie Bronfenbrenner. O entrelace dessas teorias possibilitou encontrar, nos termos e pressupostos, as similitudes recursivas para evidenciar uma potência teórica na defesa do construto conceitual nuclear: Educação Ambiental das Infâncias. O termo educação equivale ao sentido de processo; o ambiental é a integralidade do ser; das liga as temporalidades que são as experiências novas em pouco tempo; já as infâncias são representações atravessadas pelos contextos, dimensões intrínsecas para dar cunho a expressão Educação Ambiental das Infâncias. O projeto de tese, está organizado em formato de artigos e a questão central de pesquisa é: como o olhar bioecológico pode influenciar os papéis e as perspectivas dos educadores das infâncias como mediadores e potencializadores do desenvolvimento humano na educação das crianças? Para responder a inquietação, foi necessário investigar as perspectivas e as práticas educativas ambientais de educadores das infâncias a partir das experiências, consistindo no objetivo geral da pesquisa. Com essa investigação, foi possível construir a seguinte afirmativa: a interação sinérgica de quatro elementos- pessoa, processo, contexto e tempo- potencializa o olhar bioecológico dos tutores de desenvolvimento humano na Educação Ambiental das Infâncias, sendo essa a tese defendida. Tivemos como base metodológica a Inserção Ecológica em contextos ecológicos microssistêmicos para criar estratégias para a produção de informações por meio de oficinas de comunicação e reflexão realizadas no Brasil e no Uruguai, inspiradas no Método da Comunicação Não Violenta. Com a análise das oficinas, foi possível desenhar o Curso de Extensão Educação Ambiental das Infâncias para compreender a constituição e os discursos dos educadores dessa fase de desenvolvimento humano. A proposta foi organizada em momentos, que não foram partes isoladas, mas sim, a engrenagem bioecológica que contemplou a terceira fase. Essa foi a criação de uma microintervenção sistêmica psico(corporal)ambiental com os educadores ambientais das infâncias. Para análise dos aportes foram utilizados os princípios da Teoria Fundamentada nos Dados, em que as informações emergiram das respostas dos participantes e ofereceram subsídios para a organização e codificação dos dados qualitativos obtidos na pesquisa, possibilitado pelo software Atlas.Ti. Foi utilizado ainda o minerador de textos SOBEK, que extrai os elementos e as representa na forma de um grafo- construções matemáticas para modelar estruturas de subsídios, as imagens também foi utilizado. Sendo assim, as produções de compilações e reflexões dessa tese resultaram em três artigos empíricos, a saber: práticas educativas ambientais na formação de educadores das infâncias; estratégia na Educação Ambiental das Infâncias para potencializar o olhar bioecológico dos educadores; práticas psico(corporais)ambientais na formação docente: conversa(ação) sistêmica com os tutores de desenvolvimento humano na educação das crianças. A potência da Educação Ambiental das Infâncias coaduna com os rudimentos da paisagem pela transformação das atitudes em mudanças de comportamentos, conclusão que potencializou e reafirmou a relevância do olhar bioecológico dos tutores de desenvolvimento humano na educação das crianças em múltiplos contextos ecológicos microssistêmicos.

TEXTO COMPLETO DA TESE

Palavras-chave: Desenvolvimento humanoEducação ambientalEducadoresInfânciasSistêmico