Dissertação - Angela Adriane Schmidt Bersch

O brincar como fator potencializador da saúde ambiental no microssistema pediatria: uma análise bioecológica.

Autor: Angela Adriane Schmidt Bersch (Currículo Lattes)

Resumo

O estudo investigou a influência do brincar no microssistema pediatria durante o período de hospitalização sob a ótica dos profissionais, dos pacientes pediátricos e de seus responsáveis. Sabe-se que o brincar possibilita que a criança hospitalizada passe de uma situação passiva de doente para outra ativa, o que pode ser entendido como um fator de proteção, potencializador do desenvolvimento frente aos riscos sociais do contexto hospitalar. Para compreender as múltiplas interações, abordamos o desenvolvimento humano calcado na teoria Ecológica e Bioecológica de Urie Bronfenbrenner. A pesquisa é de cunho qualitativo e tem como instrumentos para coleta de informações, observações e entrevistas semi-estruturadas subsidiadas pela metodologia da Inserção Ecológica. Este modelo constitui-se em um referencial teórico-metodológico apropriado para a realização de pesquisas sobre o desenvolvimento-no-contexto em ambiente natural. Com o propósito de obter respostas de maior confiabilidade, adotou-se algumas estratégias para o desenvolvimento da pesquisa, quais sejam: o contato inicial; a inserção ecológica da pesquisadora; o estudo preliminar e o estudo principal. Constatou-se que a criança hospitalizada necessita mais do que medicamentos, alimentação, cuidados médicos, ambientes coloridos e que brincar é fundamental. Além disso, são importantes as “boas” e significativas inter-relações, aquelas que potencializam o desenvolvimento. Considerando que a Educação Ambiental tem como princípio o trabalho inter, trans e multidisciplinar e que aponta para a intra-relação e inter-relações humanas, os estudos nesta área configuram paradigmas emergentes sobre meio ambiente, saúde e educação. Neste sentido, transformar o ambiente hospitalar em um espaço de brincar permanente, pode potencializar a aprendizagem e o desenvolvimento e propiciar melhoria na qualidade de vida dos pacientes. Em conclusão, os resultados obtidos sugerem a inserção do Educador Físico e Ambiental no atendimento à rede social do microssistema pediatria.

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